A abordagem ergológica não consiste em uma nova disciplina ou novo domínio do saber, mas, é antes de tudo, uma maneira de conceber a atividade humana(Schwartz, 2001) que possui em quatro pilares: pensar o geral e o específico, conforme a dialética entre o universal e o singular, considerando-se todas as formas de atividade; articular as diversas disciplinas, como a Linguística, a Antropologia, a Psicologia, a Economia e a Engenharia e questionar seus saberes; encontrar em todas as atividades as normas antecedentes e as variabilidades, tanto as normas que são impostas quanto aquelas que se instalam, as renormalizações e promover um regime de produção de saberes acerce do ser humano, uma vez que o encontro entre os saberes científicos e práticos não pode ser antecipado, sendo sempre uma descoberta(Brito,2004).
"Texto: Espaço tripolar Egológico de Tatiana Pereira das Neves"
A partir da citação acima é possível perceber que a Ergologia carrega algumas características da Administração Complexa, que segundo Edgar Morin " A primeira vista, é um tecido de constituintes heterogêneos inseparavelmente associados: paradoxo do uno e do múltiplo. Na segunda abordagem, são os acontecimentos, ações, interações, retroações, determinações, acasos, que constituem o nosso mundo fenomenal."
Logo, a partir dessas abordagens relatas, podemos relacioná-las da seguinte forma:
- Na atividade humana, é possível analisar o geral e o específico, ou seja, o múltiplo e o uno;
- Existe a articulação das diversas disciplinas fazendo com que haja o questionamento dos saberes, que geram ações, interações, retroações, que constituem o nosso mundo;
- Por fim, na Ergologia, encontramos normas e variabilidades, ou seja, características do pensamento linear (normas), mas também do pensamento sistêmico (variabilidades), portanto existe a complexidade, ou seja, a complementaridade dessas duas visões.